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Pecados que ferem a alma

Nesta noite chuvosa e triste, o amor se perdeu outra vez,
Nas sarjetas  e becos mais sujos , vi a fé definhar e morrer,
A verdade que a sombra esconde, a lembrança que  impede de amar,
O pecado que fere a alma, que ilude e não deixa sonhar,
Eu caminho sem saber o destino, pela trilha da desilusão,
Na estrada em que a morte se espreita, onde o ódio é rival da paixão,
O luar se esconde nas nuvens,as estrelas não brilham no céu,
A tristeza revela os segredos, os pecados de um mundo cruel,
O poeta se perde em sonhos, pesadelos que busca entender,
Nas lembranças e medos mais negros, no passado que tenta esquecer.

Sonho'' palavras dedicadas a carolina xavier''

As pessoas me criticam por ser um sonhador,perguntam-me elas:Onde existe lógica ou juízo em viver toda a vida num mundo de sonhos  e de ilusão?
Então eu as respondo.A  lógica está no simples fato de amar, de poder chegar em lugares, onde ninguém poderá me encontrar.Viver em um mundo, onde não são papeis ou valores falsos e enganadores que dão sentido a vida, e sim a mais pura e incompreendida das essências, a alma.Por isso eu sonho.Sonho com alguém que me abrace sem intenção de ferir, alguém que me complete e ame, que me dê algum motivo para sorrir.
Eu me escondo no mundo dos sonhos, porque lá as coisas são tão simples e boas,  eu vivo e não preciso chorar.Porque lá encontrei a mim mesmo,  um lugar onde posso amar.

Lembranças de um poeta morto

Estou cansado de mentiras mal feitas,e de verdades que prefiro esconder,
Cansado de fazer da vida um sonho, uma ilusão que não me deixa viver,
Estou cansado de promessas e planos,de ouvir mentiras que me fazem chorar,
De me culpar pelos seus pecados, e  não ter força pra me libertar,
Eu sou apenas a memória vaga,   palavras tristes de algum qualquer,
Sou as lembranças de um poeta morto, de um fantasma que perdeu a fé

Lamento

O poeta caminha esquecido, no silêncio eterno da treva
Sobre o mundo dos sonhos perdidos, no lugar onde a morte te espera
Pelos bares e cantos mais sujos,  ele vaga com seu violão
Caminhando entre as almas sem vida, transformando a tristeza em canção
O boemio da alma sangrada, o poeta refém do pecado
O amante dos sonhos vulgares, que por medo esqueceu o passado
O seu verso é voz do silêncio,  o desejo um homem bastardo
A verdade que conta mentiras, é sofrer e chorar calado
Hoje eu vivo estando morto, em um corpo sem ter coração
Uma alma arrasada e fria, mastigada pela solidão

Poeta sem alma

Eu sou o poeta sem alma, as rimas e versos de dor
sou vida e morte escritas, o ódio que mata o amor
sou medo, coragem e raiva, a alma que clama a paixão
perdida em sonhos sombrios, e vive com a solidão
Sou noite chuvosa e fria, os raios que cortam o céu
lembranças de vidas passadas, de um mundo sombrio e cruel
a morte caminha ao meu lado, aos poucos consome o meu ser
devora meu corpo e alma, me beija e faz padecer.